quinta-feira, 7 de abril de 2016

Tu contigo

Se tu em ti não te fias, que vida vais tu fiar? Se tu a ti não te abres, com que ferramentas te vais tu traçar? O dia em que o reflexo não deixar nada a desejar, olhe-se de frente e olhe-se de dentro, com o teatro que não se pode criar. Quando a arquitetura do que mostras se largar de paredes opacas e de difíceis pinturas que, de tão coerentes tentadas, tão pesadas se tornam. Venha daí o mais simples, pinte-se a estrutura de nada, o transparente que, de tão leve ser, tão livremente te deixa mexer. O teu mundo é apenas mais um mundo, mas não é só mais um mundo, do que tu és feito todos os outros têm um bocado. O que em ti vai vale o que igual não se pode conceber, mas cuidado, não és o único a ler. Mostra-te com a sensibilidade que a ti tens. olha-te e percebe em ti os que por ti passam. És só mais um, mas não és apenas mais um, és um que pode ser um para muitos mais do que apenas um. És o que te fazes, não te faças difícil a ti próprio.

Sem comentários:

Enviar um comentário